domingo, 17 de outubro de 2010


Na verdade gostaria que ele encontrasse todos os pedaços de mim dentro de alguma gaveta esquecida de seu quarto. Que ele não tivesse deixado de me amar, ou que ele nunca tivesse me amado, ou ainda que eu nunca tivesse acreditado – assinale a alternativa menos humilhante.
Como desejei poder encontrar o "nós" desaparecido! Mas parecia que o "nós" não estava apenas ausente. Estava morto. Os segundos viraram dias, os dias semanas, meses e agora lembranças. Inferno.
Supere isso e, se não puder supe­rar, supere o vício de falar a respeito. E se eu não quiser superar, eu não vou a nenhum lugar. A maior dor não é por ainda estar respirando, mas sim porque preciso deixar que ele saia de mim, expulsa-lo. Como ele fez. Afinal, estamos longe. Abandonar o passado é realmente um sacrifício tão doloroso quanto olhar pro lado e não vê-lo. Porque eu sei que se esquecê-lo estarei o perdendo para sempre.
Do livro, Melancia - Marian Keyes

Um comentário:

Mari disse...

é INCRIVEL como me identifico com as coisas que voce posta aqui :x
ja falei isso, mas tenho que repetir pq fico de cara...
hahaha =p