terça-feira, 25 de maio de 2010




Caramba, pense bem. É bem louco, não é? E pronto. Eu começava a tremer e queria vomitar e tinha certeza que não saberia viver. Eu nunca saberia viver. Nunca. Crianças só precisam pedir pros pais, não é? Como se vive, mãe? Tá, agora já posso ir brincar? Mas eu não, eu realmente pensava 24 horas por dia nisso. Em não saber viver. Se criança eu não conseguia, imagine adulta. Adulto ainda precisa cuidar dos outros. Mas como? Eu nunca vou conseguir. Mas passava, tinha prova, tinha menino bonito, tinha cansaço, tinha filme. E isso era viver e saber, mas eu não me dava conta. Nem hoje, se bobear. Dali a pouco, voltava. Eu passei mais de 60% dos segundos da minha vida assustada. Muito assustada. Mas rindo, mas fazendo todo mundo rir. E por dentro, um poodlezinho com medo da tosa. Fofo e fresco. E afiando dentes na madrugada caso me tirassem os pêlos bem no inverno. 

Tati Bernardi
(foi feito pra mim. sou eu a cada linha, a cada letrinha.)

Um comentário:

Rodolpho Padovani disse...

Acredito que aprendemos a viver ao longo da vida, ou melhor, não aprendemos, apenas vivemos...

Agradeço pela visita ao meu blog e pelos elogios, volte sempre q tiver vontade =)

Bjs e bom resto de semana...